Para Elisa d'Abreu
A vida não é literatura.
Não mergulha em capítulos.
É. Infinito nomeado Ser.
Um prefácil sempre difícil,
de assinaturas renováveis.
Pra que te encerras, à livros
da última década, à litros das próximas
letras de vidas em breve
amarelas, porém eternas? O papel
que desgasta. Encerra-te ao
morrer no verniz da última
página. Por quem o púrpuro
é prata? Sobre nós a teia, a geleira sem neve,
desgasta, e vosso ronco
embala (e chicletes agarram) teu sono.
O sono de quem vive só(terrado)
com um epitáfio escrito na cabeceira.
Avisa-me a vida, vida.
Se gritas estendida, se vara nos carros
de todos os dias, na rotina, se é meu intelecto
ou minha experiência. Se erro e te faço minha,
e tua ausência é evitar a tentativa.
Por quem vive, Tulipa?
Senão tarde, vive
por santos,
sonhos e promessas de rosas?
Devia era viver agudo, cortante,
a carne
santificada e rude antes tarde
do que nuvens.
A vida é
: a terra, e aquilo que enterra, os fins,
a terra prometida e a realidade
com olheiras à margem da idade.
Devias, acordada, a vida insistir.
: no sono superado, no sonho não acometido.
Sono desejando-se tão limpo, tão mais
que o impossível grunhindo já na vitória, já história.
Viver devias à vida.
: o visto de olhos-ganchos, apreendendo a vida.
O real mais incomensurável.
A vida desmedidamente vida, risos,
antes da sonâmbula prece, sorrisos
bem terrestres.
Encerra-te nas roucas finalidades. Vela
o inútil, (é implícito o fruto, pega! A maça é vermelha
e combina com a tua mordida. Reza apenas
a tentação ser provada, não lida nas linhas
condenadas da vossa bíblia.)
Vela o gatilho
do presidente, o risco (pela raiz)
da guerra ao ranger dos vossos dentes,
encerra.
Porque quando a Tulipa acorda,
Elisa, temos a ti.
Nunca à espreita da vida,
ela que avança e cobre sempre tuas esperanças,
de fé.
(eu sei, poesia complicada... eu acho... pq nao entenderam até agora...)
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