Hão de haver anos mais límpidos,
vislumbrados pela sapiência de uma humanidade,
da qual insisto duvidar de um completo egoísmo.
Há de existir resquícios de sensibilidade!
E ao incrédulo aponto, fatídico,
a incansável beleza que emerge
do asfalto - uma rosa - como, em sigilo
quem grita aos vivos, que o cadáver é o cético,
o falso, o suicida, não o assassinado.
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!
Berra, profeta amortizado! Clama independência
ou morre, abafado pela covardia surda,
daqueles que gesticulam armados, consciência
ainda muda, pois não interfere com razão, abusa!
Oh, oooooooooooh, a política! O mundo
será sempre reflexo das almas que o habitam.
Que seja dada a razão intraduzível das exatas, ao poeta,
e a incalculável abstração da sensibilidade, aos de pedra.
(Rodrigo Almeida)
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